quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

AUTO-ESTIMA INFANTIL


Foto: Stock
Hoje decidi escrever sobre a auto-estima da criança, inspirada em um caso do consultório. Estou atendendo a uma criança, inicialmente, calada, triste, tímida, mas que agora se mostra falante, alegre, extrovertida. Tudo que ela precisava era um pouco de atenção e carinho. O trabalho, então, precisa ser feito dentro de casa, com os pais, pois o “grande” problema não está exatamente na criança, vocês não acham?
Aconteceram alguns fatos, no mínimo, curiosos. Pedi a ela que desenhasse sua família. Dei a ela lápis de cor, giz de cera, canetinhas coloridas, etc, mas nada disso foi utilizado. Ela fez um desenho com traços fortes, pretos, sem cor e demonstrou falta de vontade ao fazê-lo. Na sessão seguinte, pedi que desenhasse sua escola e, para minha surpresa, o desenho foi alegre, cheio de cores, amiguinhos, acompanhado de um sorriso no rosto. É impressionante como a criança fala através do desenho, da história, do brincar.
A baixa auto-estima que essa criança apresenta está intimamente ligada ao seu relacionamento dentro de casa. Ela se apegou tanto a mim que não gosta que eu converse com seus pais, pois o tempo dela comigo diminuiria, então marco sessões separadas, em diferentes horários, com os pais, atendendo à necessidade dessa criança. Mas o meu carinho e a minha atenção não bastam e é exatamente isso que mostro aos pais. A responsabilidade no processo não é só minha, pois não posso atendê-la durante sua vida toda.
Bom, agora vamos falar da auto-estima de uma forma geral!
Como todos já devem saber, a auto-estima é a capacidade de gostarmos de nós mesmos, o que inclui tanto a imagem que temos de nós, como a imagem que acreditamos que os outros têm de nós.

Segundo Nelly Beatriz, Psicóloga e Master Practitioner em Programação Neurolingüística (PNL), nossa auto-estima vai sendo formada desde o momento do nascimento. As experiências positivas que resultam em satisfação e alegria vão compondo a auto-estima positiva. Então, a atitude dos pais e professores acerca dos sucessos ou insucessos da criança são decisivos para sua auto-estima e auto-conceito.

É muito comum encontrarmos crianças rotuladas em casa e na escola. Essas crianças são apontadas como um grande problema – “criança agressiva”, “criança bagunceira”, “criança rebelde”. Elas, muitas vezes, acabam sendo apontadas como culpadas por tudo o que acontece de errado, mesmo que não tenham culpa. Como eu já disse em outro “post”, o ideal é explorar o potencial dessas crianças, o que têm de positivo.

Maria do Rosário Silva diz que se os pais opinam sempre a partir de uma perspectiva negativa para os filhos, taxando-os como incapazes, só vão contribuir para que neles se forme uma imagem “pequena” e negativa de seu valor. Se os amigos agirem da mesma forma, é certo que teremos uma pessoa com baixa auto-estima.

Para ajudar essa criança a criar bons sentimentos é muito importante elogiá-la e incentivá-la para que ela veja que é capaz de muita coisa. É importante que o elogio seja merecido, pois a criança sente se o mesmo foi sincero.

Com uma auto-estima elevada, a criança conseguirá enfrentar seus aspectos desfavoráveis, será mais ativa, fará amigos com maior facilidade, se sentindo mais confiante e feliz.

Lembrem-se, pais, é muito importante permitir que a criança expresse seus sentimentos, sendo negativos ou positivos. Se a criança sente, é porque tem razões para isso e esse sentimento precisa ser partilhado.

O mundo atual exige muito dos pais e das crianças. É comum chegar cansado de um dia de trabalho e descarregar esse cansaço na criança, mas é necessário um momento com seu filho, que seja apenas 20 minutos por dia.

O que quero deixar de mensagem hoje é: Entre no mundo do seu filho, brinque com ele, dê a ele a atenção que merece, pois ele só está aqui por responsabilidade ou irresponsabilidade de vocês, pais.

20 comentários:

  1. Parabéns,Lu!
    Admiro muito seu trabalho e acredito que você é mais que capaz de ajudar essas pessoas que têm cruzado seu caminho.
    Sucesso!

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  2. Obrigada, linda!Sua opinião é importantíssima pra mim!E vem me ver loguinho!Beijos

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  3. Nossa, Amor! Excelente o texto, até aprendi um pouco mais sobre auto estima... Inspiração para escrever no seu blog não vai faltar nunca, basta pegar os exemplos dos seus pacientes/clientes e escrever sobre o assunto aqui. E daqui a um tempo vai ser a psicóloga mais famosa da cidade... Sem contar que é a mais linda!!!! Bjao, te amo!!!

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  4. Namorado mais coruja!rsrs...te amoooooooo mto tb, meu lindão!

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  5. Dá uma vontade de começar a trabalhar logo ao ler seus texto! Quanto amor e dedicação! Continue assim Lu!Luisa

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  6. Ah lindaaaaaaaa!=)
    Muito obrigada, fico muito feliz com um elogio vindo de vc, que é uma pessoa tã competente em tudo que faz!Bjinhos

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  7. Adorei Lú!!É isso mesmo, seu texto está ótimo!
    Vc está indo pelo caminho certo...tenho certeza que está se tornando, com a prática, uma psicóloga humana, ética e empática, características estas que não podem faltar em um profissional de excelência!
    Bjos!
    Mi

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  8. Obrigada de coração, Mi!Tenho certeza que posso dizer o mesmo de vc, linda!Saudades...bjos

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  9. OI Lu, adorei o texto. Adorei o exemplo, engraçado que fiquei imaginando vc atendendo. Do jeito que vc eh sensivel, carinhosa, intensa e dedicada nas coisas que faz, sua carreira há de ser promissora.
    Parabéns pelo blog.
    Bjs

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  10. Ah Nanocaaaaa!=)
    Obrigada!
    Estou me encontrando na psicologia, graças a Deus. Bejo a minha sensibilidade como uma ferramenta essencial!Muito difícil um psicólogo frio clinica, né?
    Obrigada de coração e que nós duas tenhamos muito sucesso nessa carreira!
    Saudades...bjos

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  11. Lu, fico cada dia mais orgulhosa de você, amiga LINDA!!!!
    Beijos!!

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  12. Obrigada, linda!Vc orgulhosa de mim e eu de você!=)SAUDADEEEEEE GIGANTE!bjinho

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  13. Hiper importante ressaltar, da importância dos pais no dia a dia da criança para o desenvolvimento saudável (auto-estima) da criança se sentir amado e protegido pela família a base do bom relacionamento entre pais.
    Adorei o blog e fiz um comentário em meu Orkut.
    Forte abraço.

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  14. É verdade, Eliene. É na família que ocorre o primeiro processo de inclusão da criança na sociedade, é a base de tudo!COncordo plenamente!Muito obrigada pelo elogio ao blog e volte sempre!Um abraço!

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  15. Este post faz-me lembrar muitas "Joana"s e seus pais que tenho atendido nos últimos 35 anos.
    Agora, quem chega aos 23 anos, filho único e necessita que os pais sejam os primeiros a ser tratados, é desegradável.
    Muito se poderia ter feito com ele na idade da Joana e das crianças que menciona neste post.
    Foi o que aconteceu com a filha do Antunes quando este pai foi incitado a trabalhar no apoio psicopedagógico à filha por causa do insucesso (aparente) escolar dela. Ao fim de 6 meses, tanto a filha como a mãe dela começaram a melhorar e nunca mais pararam.
    É o bom resultado de se começar muito cedo. Parabéns. Mãos à obra.
    Mário de Noronha

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  16. É isso aí, Mário. Mãos à obra!Fico muito feliz com o seu apoio. É ótimo conhecer um psicólogo tão experiente, agradável e prestativo!Muito obrigada pelo apoio. Um abraço.

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  17. Olá amiga, tudo jóia? fico feliz em saber de sua atuação, parabéns vc merece!

    Felicidades e muito sucesso!
    bjs

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  18. Obrigada, linda!Vc faz mta falta aqui...saudades...bjim

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  19. Oi Lu: Mais uma vez aprendo com você. Achei muito interessante o comentário feito aqui por uma de suas amigas, que diz ficar imaginando você atender as pessoas no consultório. Também fico imaginando seu trabalho de atendimento, com aquele jeitinho todo especial de conversar, com dedicação, carinho, sensibilidade e competência. É isso mesmo... você nasceu para a Psicologia!
    Te amo...

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